A Justiça dos Anjos 1° Parte

Pietro é um dos mais notáveis pacientes do hospício SARA GONÇALVES -SARAGO - e despertou desde o primeiro momento a atenção da dedicada psicóloga Ruth Ávila – uma mulher extremamente profissional e admirada, mas que esconde um passado doloroso ao se casar com um homem violento e ter quase perdido sua vida.
Educado, carinhoso e de temperamento apaziguador, Pietro é um dos poucos pacientes que não se recusam a tomar a medicação, estimula os companheiros e luta visivelmente pela para manter a sanidade que um dia teve.
Em seus raros momentos de surto, Pietro sempre tem a mesma atitude: tentar o suicídio. Uma culpa o consome, fazendo perder todos os sentidos. Apenas a sua amizade crescente com Ruth o tem feito acreditar em um novo recomeço, que segundo ele nunca existiu na sua vida. A ideia de um ciclo vicioso é frequente em suas conversas, referindo-se a uma prisão em fazer o bem pelo caminho do mal.
Com um apego mais do que o normal, sentindo-se até constrangida pelos próprios sentimentos, Ruth decide investigar a vida pregressa de Pietro, mas encontra dificuldade em achar documentos e quando finalmente consegue alguém próximo de seu passado, se choca com a recusa em falar de algumas pessoas.
Ruth descobre que Pietro foi adotado aos 08 de idade e encontrou muita resistência na relação com os irmãos. O lar que antes era tranquilo e estável passou a ter brigas constantes e disputas entre os adolescentes. Pietro passou a sofrer muita pressão psicológica vinda, principalmente, de Mariza – a irmã mais velha.
Com o passar dos anos, a família se separa e Pietro vai morar com a mãe enquanto o Pai ficou com o restante dos filhos. O distanciamento deles foi inevitável e só fez com a relação que não era sadia e amorosa, passasse a ser inexistente.
Ruth, embora apavorada com toda a descoberta que fez, decide continuar investigando, mas é aconselhada a parar antes que se arrependa. Inconformada e sem acreditar que o amigo que ganhou pudesse ser mais um homem truculento e sem piedade, que não vê mal algum em oprimir mulheres (Antes de chegar a essa conclusão, é sugerido ao telespectador que Pietro foi responsável pela morte da irmã, Mariza) e tirar suas vidas, ela decide pedir licença de seu trabalho e com o afastamento repensar nos próximos passos que dará. A essa altura, a amizade entre ela e o paciente já esta forte, chegando os dois a trocar confidencias e confissões, chamando inclusive a atenção da diretoria do hospital. Até mesmo os outros internos brincam e sugerem um romance entre eles.
Pietro, ao ver um noticiário de um serial killer, fica emocionalmente abalado e passa a falar em fuga. Após planejar sua saída, ele finalmente consegue por os pés pra fora do manicômio e vai à procura de Ruth- com o pretexto de protegê-la.
Com um novo maníaco na cidade, Pietro tenta alertar Ruth de que ela pode ser um alvo. O criminoso, ainda desconhecido, vem matando mulheres e homens geralmente entre 25 e 30 anos sem motivo aparente, enterrando as vivas e segundo ele, ao seu lado ela estará a salvo.
Pietro então decide contar que matou várias pessoas durante 10 anos. E elas eram, exclusivamente, psicopatas ou seriais Killers que apareciam e muitas vezes ficavam impunes.
Ruth entra em desespero inicialmente, mas confessa que ela também é uma assassina. No passado, como vingança pelos maus-tratos e perseguição que vinha sofrendo, ela com a ajuda de uma amiga tomou uma decisão extrema: enterrar vivo o homem que um dia acreditou amar.
Cansada de prestar queixas, de ver seu algo a intimidando de todas as formas, tendo ajuda até mesmo de amigos, Ruth prepara uma emboscada e enterra literalmente uma escolha errada de vida, deixando pra trás uma